Tem uns poucos caras por aí que são iluminados, né? Roberto Burle Marx foi um deles. Trata-se de um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também, desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de jóias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a sua obra.
Nasceu em São Paulo, em 1909, passando a residir no Rio de Janeiro a partir de 1913. Estudou pintura na Alemanha, tendo sido freqüentador assíduo do Jardim Botânico de Berlim, onde descobriu, em suas estufas, a flora brasileira.
Em seus projetos artísticos, costumava valorizar a beleza e o desenho das espécies nacionais. Desde muito cedo, Roberto Burle Marx encantou-se pelo mundo do paisagismo. O artista cresceu em meio ao verde das plantas e à exuberância de suas formas. A paixão herdada da mãe levou-o a começar sua coleção de plantas com apenas sete anos de idade.
Ele costumava lembrar de sua mãe podando as roseiras do jardim de casa. Ficava impressionado como aqueles galhos secos se transformavam numa emoção de cores. Nessa época, a planta já lhe emocionava. "Uma vez, minha tia me deu uma bromélia de presente. Fiquei tão feliz que nem consegui dormir naquele dia. Foi então que eu descobri a importância da planta na minha vida", deixou registrado, em depoimento.
Em 1949, com a compra de um sítio de 365.000 m2, em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985 doou esse Sítio, com todo o seu acervo.
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